OS GIGANTES DA MONTANHA
"Um teatro põe-se em pé num instante, onde quer que seja."
Luigi Pirandello nasceu na Sicília, numa localidade nos arredores de Girgenti chamada Caos, no ano de 1867 e morreu em Roma em 1936. “Os Gigantes da Montanha” é o seu último texto, que dividiu em quatro momentos, mas de que só redigiu os três primeiros – terá vivido os ultimos tempos, doente e na ânsia de concluir o seu projeto mas morreria sem o conseguir. O último momento da peça deixou-o como esboço ao filho, Stefano, que o viria a incluir na edição do texto – vislumbre extraordinário de um final desastroso mas que poderia revelar o que apenas se pressente quando ouvimos: Eu tenho medo, tenho medo.
Na versão que apresentámos no auditório da escola, virado ao contrário para que olhássemos pelas vísceras o que entendemos ser o teatro deste autor, fazemos como Pirandello e interrompemo-nos na sua morte – “não há tempo para mais”. Entramos no espaço, suspensos no vagaroso calvário da Compahia da Condessa, troupe de característicos que vive dificuldades para apresentar a “História do filho trocado”, herança maldita de um amor perdido que os faz penar e arrastar a carroça da sua decadência. Arruinados, chegam à presença de Cotrone, o mago que tem protegidos na sua Mansão do Azar um estranho grupo de pobres marginais que valorizam o espírito e se alimentam do sonho – Só se pode ter tudo quando não se tem mais nada. Nas faldas da montanha, ouvimos as histórias de uns e de outros, confundimo-nos sobre a realidade e vemos refletidas, em tantos pedaços, as representações do que somos ou do que cremos ser - Nunca se consegue dizê-la, a verdade, a não ser quando se inventa. E falamos de teatro, sobretudo de teatro: do que querem dizer os signos e o que fazemos deles, do que nos faz sentir o texto e para onde nos transportam as palavras, do que é a poesia e onde nos posicionamos quando queremos que surjam, vivas, as personagens, capazes de, sem corpo, nos conduzirem para o lugar “onde nem a morte se distingue da vida, nem o espírito do corpo, nem o sonho da vigília, nem a máscara da face” – o profundo distanciamento em relação às convenções da sociedade burguesa. Nós fazemos de fantasmas. AJ
de Luigi Pirandello
tradução de Rita Marnoto
Direção de António Júlio
Interpretação:
Os Azarentos:
Cotrone: Júlia Valente, Daniel Alves, Catarina Gomes
Esgrínia: Daniela Pinto
Milordinho: Wilson Moura
Quaquá: Alfredo Bertino
Duque do Duche: Luís Leitão
Mara-Mara: Jéssica Duncalf
Madalena: Inês Saúde
Fantoches: Wilson Moura, Alfredo Bertino, Luís Leitão, Diogo Pires
A Companhia da Condessa:
Condessa (Ilse): Sónia Almeida, Joana Oliveira, Sara Inês Gigante, Joana Petiz
Conde: Francisco Lima, Gustavo Rebelo
Cromo: Rui Paixão
Pinguinhas: Gonçalo Babo
Diamante: Beatriz Romano, Gabriela Couto
Batalha: João Miranda
Lesmas: Inês Saúde
Sacerdote: Diogo Pires
Coordenação de Figurinos: Lola Sousa, Paula Cabral
Claire Pires, Joana Queirós, Joana Topa, João Rodrigues, Rita Teles, Rosana Amorim
Coordenação de Cenografia: Cristóvão Neto
Diana Tavares, Hugo Santos, Maria Nogueira, Nuno Ribeiro, Samantha Ferreira, Tatiana Pereira
Coordenação de Luz: José Carlos Gomes
Bruno Monteiro, Filipe Azevedo, Francisco Campos, Manuel Abrantes, Mário Vítor Cardoso, Renato Marinho, Tiago Sousa
Coordenação de Som: Luís Aly, Fábio Ferreira
Alexandre Castro, Carlos Reis, Francisco Correia, João Machado, Liliana Altina, Pedro Delfim Enes, Tiago Teles
Coordenação de Direção de Cena: Natércio Silva
Tomás Canelas
Apoio na Execução de Guarda Roupa: Maria da Glória Costa e Maria Assunção Pinto
Registo Fotográfico: Pedro Vieira Carvalho
Divulgação: Gabriela Poças, Daniela Ferreira, Eva Ângelo
Produção: Glória Cheio
Projeto de Texto Contemporâneo, apresentado no Auditório da ACE, nos dias 4, 5 e 6 de abril de 2014.
tradução de Rita Marnoto
Direção de António Júlio
Interpretação:
Os Azarentos:
Cotrone: Júlia Valente, Daniel Alves, Catarina Gomes
Esgrínia: Daniela Pinto
Milordinho: Wilson Moura
Quaquá: Alfredo Bertino
Duque do Duche: Luís Leitão
Mara-Mara: Jéssica Duncalf
Madalena: Inês Saúde
Fantoches: Wilson Moura, Alfredo Bertino, Luís Leitão, Diogo Pires
A Companhia da Condessa:
Condessa (Ilse): Sónia Almeida, Joana Oliveira, Sara Inês Gigante, Joana Petiz
Conde: Francisco Lima, Gustavo Rebelo
Cromo: Rui Paixão
Pinguinhas: Gonçalo Babo
Diamante: Beatriz Romano, Gabriela Couto
Batalha: João Miranda
Lesmas: Inês Saúde
Sacerdote: Diogo Pires
Coordenação de Figurinos: Lola Sousa, Paula Cabral
Claire Pires, Joana Queirós, Joana Topa, João Rodrigues, Rita Teles, Rosana Amorim
Coordenação de Cenografia: Cristóvão Neto
Diana Tavares, Hugo Santos, Maria Nogueira, Nuno Ribeiro, Samantha Ferreira, Tatiana Pereira
Coordenação de Luz: José Carlos Gomes
Bruno Monteiro, Filipe Azevedo, Francisco Campos, Manuel Abrantes, Mário Vítor Cardoso, Renato Marinho, Tiago Sousa
Coordenação de Som: Luís Aly, Fábio Ferreira
Alexandre Castro, Carlos Reis, Francisco Correia, João Machado, Liliana Altina, Pedro Delfim Enes, Tiago Teles
Coordenação de Direção de Cena: Natércio Silva
Tomás Canelas
Apoio na Execução de Guarda Roupa: Maria da Glória Costa e Maria Assunção Pinto
Registo Fotográfico: Pedro Vieira Carvalho
Divulgação: Gabriela Poças, Daniela Ferreira, Eva Ângelo
Produção: Glória Cheio
Projeto de Texto Contemporâneo, apresentado no Auditório da ACE, nos dias 4, 5 e 6 de abril de 2014.