ACHTUNG HEINER MÜLLER
ACHTUNG HEINER MÜLLER
Este ano, o autor escolhido para o desenvolvimento do Projeto Texto Contemporâneo foi Heiner Müller. Da sua obra, lemos e estudámos vários textos e, dos temas encontrados, fomos refletindo sobre o que falar e sobre como fazer. O que nos mostra o autor, o que conseguimos ver através da sua escrita? Que forma terá o seu teatro? Partindo do seu olhar sobre o mundo, elaborámos uma hipótese dramatúrgica a partir de três textos: O Horácio, Mauser e Máquina Hamlet.
Começámos por pensar na frase: “há muitos homens num só”. O herói que cometeu um crime grave deve ser aclamado ou deve ser punido? Pode um homem “ser um e o outro”? Procurámos colocar-nos na posição do julgado mas também na situação de julgamento. Podemos relevar o crime ao herói? E como nos posicionamos perante a ação, repetida, e que coloca o indivíduo nos dois lados da balança: matar?
Mauser pressupõe a memória da revolução bolchevique, dos seus princípios e dos seus efeitos. Talvez nenhum de nós tenha memória dessa revolução, mas todos os dias lemos e ouvimos notícias de guerra, de morte e de sangue. Todos os anos são identificados novos conflitos e intensificada a matança. E cada um de nós está presente nela, de um e de outro lado da barricada, simultaneamente. Como se abrem “brechas na consciência”? Quando deixaremos de identificar inimigos? Quando começaremos a ver-nos como semelhantes? Como se para de matar?
Por fim: Máquina Hamlet... Ou será depois do fim? Depois do matar, depois da guerra, da dor, de ter tido esperança... depois de ser Hamlet, depois de ter sido alguém, depois de ter sido um país, depois de um lugar... depois de ser usado, violado, dividido... depois da morte. Depois do depois, o que há? Um grito? Um resto? A verdade?... AJ
Este ano, o autor escolhido para o desenvolvimento do Projeto Texto Contemporâneo foi Heiner Müller. Da sua obra, lemos e estudámos vários textos e, dos temas encontrados, fomos refletindo sobre o que falar e sobre como fazer. O que nos mostra o autor, o que conseguimos ver através da sua escrita? Que forma terá o seu teatro? Partindo do seu olhar sobre o mundo, elaborámos uma hipótese dramatúrgica a partir de três textos: O Horácio, Mauser e Máquina Hamlet.
Começámos por pensar na frase: “há muitos homens num só”. O herói que cometeu um crime grave deve ser aclamado ou deve ser punido? Pode um homem “ser um e o outro”? Procurámos colocar-nos na posição do julgado mas também na situação de julgamento. Podemos relevar o crime ao herói? E como nos posicionamos perante a ação, repetida, e que coloca o indivíduo nos dois lados da balança: matar?
Mauser pressupõe a memória da revolução bolchevique, dos seus princípios e dos seus efeitos. Talvez nenhum de nós tenha memória dessa revolução, mas todos os dias lemos e ouvimos notícias de guerra, de morte e de sangue. Todos os anos são identificados novos conflitos e intensificada a matança. E cada um de nós está presente nela, de um e de outro lado da barricada, simultaneamente. Como se abrem “brechas na consciência”? Quando deixaremos de identificar inimigos? Quando começaremos a ver-nos como semelhantes? Como se para de matar?
Por fim: Máquina Hamlet... Ou será depois do fim? Depois do matar, depois da guerra, da dor, de ter tido esperança... depois de ser Hamlet, depois de ter sido alguém, depois de ter sido um país, depois de um lugar... depois de ser usado, violado, dividido... depois da morte. Depois do depois, o que há? Um grito? Um resto? A verdade?... AJ
ACHTUNG HEINER MÜLLER
textos HEINER MÜLLER
encenação ANTÓNIO JÚLIO
apoio a voz MARIA DO CÉU RIBEIRO
coordenação de cenografia e adereços CRISTÓVÃO NETO
coordenação de figurinos CÁTIA BARROS
coordenação de luz MÁRIO BESSA
coordenação de som LUÍS ALY
execução de guarda-roupa MARIA DA GLÓRIA COSTA
apoio técnico JOÃO MONTEIRO
divulgação NUNO MATOS e RAQUEL SOUSA
fotografia PEDRO FIGUEIREDO
vídeo TUNDRA FILMES
produção ROSA BESSA
direção de produção GLÓRIA CHEIO
direção de cena ARMANDA ANDRADE
ALUNOS DO 3º ANO DA ACE ESCOLA DE ARTES
cenografia ANA LEITE, BÁRBARA COSTA, CÁTIA FERNANDES, CRISTIANA TEIXEIRA e MIRIAM MARQUES
figurinos e adereços CLARA FERREIRA, INÊS PEREIRA, JOANA MACEDO, MARIANA TOPA, RAFAELA COSTA, RITA SANTOS e SÓNIA RIBEIRO
interpretação BÁRBARA VAGAROSO, BEATRIZ TEIXEIRA, BRUNO RODRIGUES CATARINA TONG, EMA SANTOS, FRANCISCO APOLÓNIO, HUGO VASCONCELOS, INÊS PÉROLA, INÊS LINHARES, INÊS SILVA, JOÃO MARTINS, JOÃO ANTUNES, JOSÉ ALVES, KARINA MOREIRA, LUÍSA ALVES, MARIANA TEIXEIRA, MARIANA SEVILA, MARIANA COSTA, MÉCIA CARDOSO, NUNO SANTOS, RUI FREIRE, SANDRO RODRIGUES, SARA MACHADO, SOFIA CUNHA e VITÓRIA SILVA
luz FRANCISCO REIS, KONSTANTIN KORCHAGIN, MARIA TERESA ANTUNES e MIGUEL GOVERNO
som JOÃO FÉLIX, JORGE SEABRA, JULIÃO CRAVO e PEDRO VEIGA
textos HEINER MÜLLER
encenação ANTÓNIO JÚLIO
apoio a voz MARIA DO CÉU RIBEIRO
coordenação de cenografia e adereços CRISTÓVÃO NETO
coordenação de figurinos CÁTIA BARROS
coordenação de luz MÁRIO BESSA
coordenação de som LUÍS ALY
execução de guarda-roupa MARIA DA GLÓRIA COSTA
apoio técnico JOÃO MONTEIRO
divulgação NUNO MATOS e RAQUEL SOUSA
fotografia PEDRO FIGUEIREDO
vídeo TUNDRA FILMES
produção ROSA BESSA
direção de produção GLÓRIA CHEIO
direção de cena ARMANDA ANDRADE
ALUNOS DO 3º ANO DA ACE ESCOLA DE ARTES
cenografia ANA LEITE, BÁRBARA COSTA, CÁTIA FERNANDES, CRISTIANA TEIXEIRA e MIRIAM MARQUES
figurinos e adereços CLARA FERREIRA, INÊS PEREIRA, JOANA MACEDO, MARIANA TOPA, RAFAELA COSTA, RITA SANTOS e SÓNIA RIBEIRO
interpretação BÁRBARA VAGAROSO, BEATRIZ TEIXEIRA, BRUNO RODRIGUES CATARINA TONG, EMA SANTOS, FRANCISCO APOLÓNIO, HUGO VASCONCELOS, INÊS PÉROLA, INÊS LINHARES, INÊS SILVA, JOÃO MARTINS, JOÃO ANTUNES, JOSÉ ALVES, KARINA MOREIRA, LUÍSA ALVES, MARIANA TEIXEIRA, MARIANA SEVILA, MARIANA COSTA, MÉCIA CARDOSO, NUNO SANTOS, RUI FREIRE, SANDRO RODRIGUES, SARA MACHADO, SOFIA CUNHA e VITÓRIA SILVA
luz FRANCISCO REIS, KONSTANTIN KORCHAGIN, MARIA TERESA ANTUNES e MIGUEL GOVERNO
som JOÃO FÉLIX, JORGE SEABRA, JULIÃO CRAVO e PEDRO VEIGA