Projeto Texto Contemporâneo
JKL
O projeto de Texto Contemporâneo é o último, de seis, que os alunos desenvolvem durante os três anos de curso e tem como um dos objetivos promover a autonomia dos alunos na construção de um exercício de teatro, refletindo a importância dos processos no resultado. Foi pedido que os alunos se organizassem em grupos de trabalho constituídos por elementos responsáveis por todas as áreas envolvidas num espetáculo: luz, som, cenografia, figurinos, adereços e interpretação. Foram acompanhados, aconselhados e desafiados ao longo de várias sessões preparatórias e durante as duas semanas de montagem.
Dos textos propostos, os grupos selecionaram trechos de “(A)tentados”, de Martin Crimp e “Nápoles”, de Arne Sierens. O resultado deste processo corresponde a 5 momentos distintos que nos colocam perante uma época e os seus traumas, fazendo-nos questionar as nossas heranças, revelando-nos descrentes do futuro.
O projeto de Texto Contemporâneo é o último, de seis, que os alunos desenvolvem durante os três anos de curso e tem como um dos objetivos promover a autonomia dos alunos na construção de um exercício de teatro, refletindo a importância dos processos no resultado. Foi pedido que os alunos se organizassem em grupos de trabalho constituídos por elementos responsáveis por todas as áreas envolvidas num espetáculo: luz, som, cenografia, figurinos, adereços e interpretação. Foram acompanhados, aconselhados e desafiados ao longo de várias sessões preparatórias e durante as duas semanas de montagem.
Dos textos propostos, os grupos selecionaram trechos de “(A)tentados”, de Martin Crimp e “Nápoles”, de Arne Sierens. O resultado deste processo corresponde a 5 momentos distintos que nos colocam perante uma época e os seus traumas, fazendo-nos questionar as nossas heranças, revelando-nos descrentes do futuro.
1. O INTERROGATÓRIO
Será possível acreditar no discurso de uma prostituta, de uma cleptomaníaca e de um tipo acusado de bater na mulher? Acreditaremos na versão de alguém que não se encaixa no padrão definido pela sociedade? O que nos torna superiores ou inferiores? O que os leva a roubar? Quais as razões que nos levam a tal ato e será isso justificável? Nesta peça, o público é a justiça e sobramos nós, os que precisam de ser ouvidos.
Texto: a partir de “Nápoles” de Arne Sierens
Interpretação: André Sousa, Cátia Tavares, Diogo Mourão, Joana Cunha, Maria João Monteiro
Cenografia: Gustavo Mendes, Pedro Castro
Figurinos: Ana Nogueira
Luz: Luís Bastos
Som: Diogo Santos, José Meneses
2. CATÁSTROFE
Atriz – “Que queres de mim?”
Morte – “O que é que achas?”
Bunny – “O que é que aconteceu?”
Dulle Griet – “Como é possível?”
Miúdo – “É horrível.”
Há algo a acontecer todos os dias, horas e segundos, algo ao qual o ser humano nunca poderá escapar, a morte. As pessoas têm uma grande tendência para não contactar nem pensar muito nessa realidade, mas de facto é um ato quotidiano.
“O Fim do Fim” e “Dulle Griet” proporcionam um espaço de reflexão e questionamento a cada uma das personagens simbolizando simultaneamente uma rejeição e um confronto perante a morte. Mas até que ponto a podemos confrontar? Até onde precisamos de ir para a dominar?
Todas as personagens se caraterizam de forma distinta, assim como cada um de nós. A morte é a realidade que nos une. Quando a enfrentamos somos capazes de entender e até mudar algumas formas de pensar. A consciência da Morte torna-nos humanos.
Textos: a partir de Arne Sierens
Interpretação: Ana Luísa Queiroz, Beatriz Simões, Inês Alves, Maria Torres
Figurinos: Diana Pinheiro
Cenografia: Joana Ribeiro, Sara Lança
Luz: Diogo Mendes
Som: João Rocha
Atriz – “Que queres de mim?”
Morte – “O que é que achas?”
Bunny – “O que é que aconteceu?”
Dulle Griet – “Como é possível?”
Miúdo – “É horrível.”
Há algo a acontecer todos os dias, horas e segundos, algo ao qual o ser humano nunca poderá escapar, a morte. As pessoas têm uma grande tendência para não contactar nem pensar muito nessa realidade, mas de facto é um ato quotidiano.
“O Fim do Fim” e “Dulle Griet” proporcionam um espaço de reflexão e questionamento a cada uma das personagens simbolizando simultaneamente uma rejeição e um confronto perante a morte. Mas até que ponto a podemos confrontar? Até onde precisamos de ir para a dominar?
Todas as personagens se caraterizam de forma distinta, assim como cada um de nós. A morte é a realidade que nos une. Quando a enfrentamos somos capazes de entender e até mudar algumas formas de pensar. A consciência da Morte torna-nos humanos.
Textos: a partir de Arne Sierens
Interpretação: Ana Luísa Queiroz, Beatriz Simões, Inês Alves, Maria Torres
Figurinos: Diana Pinheiro
Cenografia: Joana Ribeiro, Sara Lança
Luz: Diogo Mendes
Som: João Rocha
3. DO PÓ À LONA
Estamos a presenciar um período histórico turbulento e decadente, com sucessivas previsões catastróficas desde o início do século. Basta abrirmos a porta das nossas casas para nos depararmos com a quantidade de véus que a sociedade nos impõe e que acatamos submissamente.
Quantos de nós reprimimos a realidade e varremos o lixo para debaixo do tapete? A família disfuncional surge neste contexto como consequência direta da sociedade em declínio e da distorção dos seus valores básicos. O conformismo e a omissão que se encontra na típica família utópica tem o poder de transformar incesto num último mergulho. Qual será o real preço da chamada boa educação?
Textos: “Nápoles”, de Arne Sierens: Pai e Mãe, Lola Menina
“(A)tentados”, de Martin Crimp: Mãe e Pai
Interpretação: Beatriz Baptista, Daniela Love, Guilherme Ferreira, Laura del Rio, Mariana Magalhães
Cenografia, Figurinos e Adereços: Ana Maio Graça, Luma Breves, Filipa Soares
Som: Ricardo Miranda
Luz: Victor Hugo Paiva
Estamos a presenciar um período histórico turbulento e decadente, com sucessivas previsões catastróficas desde o início do século. Basta abrirmos a porta das nossas casas para nos depararmos com a quantidade de véus que a sociedade nos impõe e que acatamos submissamente.
Quantos de nós reprimimos a realidade e varremos o lixo para debaixo do tapete? A família disfuncional surge neste contexto como consequência direta da sociedade em declínio e da distorção dos seus valores básicos. O conformismo e a omissão que se encontra na típica família utópica tem o poder de transformar incesto num último mergulho. Qual será o real preço da chamada boa educação?
Textos: “Nápoles”, de Arne Sierens: Pai e Mãe, Lola Menina
“(A)tentados”, de Martin Crimp: Mãe e Pai
Interpretação: Beatriz Baptista, Daniela Love, Guilherme Ferreira, Laura del Rio, Mariana Magalhães
Cenografia, Figurinos e Adereços: Ana Maio Graça, Luma Breves, Filipa Soares
Som: Ricardo Miranda
Luz: Victor Hugo Paiva
4. “(Annie)where”
Existem duas entidades que estão em todo o lado: Deus e Anne.
Quem é a Anne?
A nossa proposta é o resultado de uma reflexão sobre o lado comportamental da sociedade que nos faz sentir ainda mais insatisfeitos, numa explosiva diversidade derivada do capitalismo e toda a sua mentalidade instalada.
É tempo de recuperar a lentidão, de se viver o presente, de despertar para a escuta. Nos tempos modernos existe o sufoco, a multiplicidade, a desvalorização do ser e do estar. As histórias passaram a ser um Zapping – imagens que são desviadas por termos perdido a capacidade de as manter em nós. Porque viver “é mais exactidão do que representação – pela simples razão de que está realmente a acontecer” (Martin Crimp).
Textos: a partir de “(A)tentados” de Martin Crimp
Interpretação: Ana Santos, Bernardo Gavina, Hugo Olim, Pedro Quiroga, Sofia Santos Silva
Cenografia/Figurinos: Joana Neves, Joana Soares, Verónica Ferreira
Luz/Vídeo: João Padrela, Luís Araújo
Som: Jari Leppannen, Marco Silveira
Existem duas entidades que estão em todo o lado: Deus e Anne.
Quem é a Anne?
A nossa proposta é o resultado de uma reflexão sobre o lado comportamental da sociedade que nos faz sentir ainda mais insatisfeitos, numa explosiva diversidade derivada do capitalismo e toda a sua mentalidade instalada.
É tempo de recuperar a lentidão, de se viver o presente, de despertar para a escuta. Nos tempos modernos existe o sufoco, a multiplicidade, a desvalorização do ser e do estar. As histórias passaram a ser um Zapping – imagens que são desviadas por termos perdido a capacidade de as manter em nós. Porque viver “é mais exactidão do que representação – pela simples razão de que está realmente a acontecer” (Martin Crimp).
Textos: a partir de “(A)tentados” de Martin Crimp
Interpretação: Ana Santos, Bernardo Gavina, Hugo Olim, Pedro Quiroga, Sofia Santos Silva
Cenografia/Figurinos: Joana Neves, Joana Soares, Verónica Ferreira
Luz/Vídeo: João Padrela, Luís Araújo
Som: Jari Leppannen, Marco Silveira
"TEXTO CONTEMPORÂNEO"
direção artística/interpretação: António Júlio
direção luz: José Carlos Gomes
direção som: Luís Aly
direção figurinos: Manuela Ferreira
direção cenografia: Cristóvão Neto
direção cena: Natércio Silva
turmas do terceiro ano da ACE - ESCOLA DE ARTES
10 a 23 abril 2012